sexta-feira, 27 de junho de 2008

Canções...

Já se deram conta que a maior parte das canções de amor são sobre partidas, desilusões, traições, etc...
É verdade, são poucas aquelas que "celebram" de facto o Amor! Na realidade, é simples de perceber o porquê: quando estamos bem, provavelmente não sentimos a necessidade de expressar as nossas emoções, sendo elas positivas! Só quando estamos mal é que nos vem a veia artística, seja para as canções, seja para a escrita...e de mim falo, havia meses que não escrevia nada, e nas últimas semanas tem sido um rodopio neste blogue :D
Seja como for, este facto fez-me pensar (sim Nuno, eu penso demais!), na quantidade de energia que gastamos a recordar o que poderia ter sido, a questionar o que correu mal, a conjecturar possíveis explicações...e, para quê?! O resultado é sempre o mesmo, façamos o que façamos! Acabou, e nenhuma destas acções vai alterar isso...
Já me disseram muitas vezes que penso demais, e é provavelmente verdade mas, nos últimos dias nem me tenho reconhecido, porque simplesmente...desisti!
Não tenho pensado nestes temas porque...não quero saber das razões, não quero compreender as atitudes dos homens, não quero continuar a desperdiçar a minha energia neste tipo de coisas...não vai mesmo haver nenhum resultado concreto porque agora SEI que nunca o conseguirei! Claro que este "atirar da toalha ao chão" como diria a Susete, tem aquelas consequências de que ninguém quer ouvir falar...
E sim...é isso mesmo que está a acontecer!
Venham as férias, e bem longe daqui...

3 comentários:

Zey disse...

É um facto que se o amor fosse uma coisa simples, quase não haveria música. Porém também é um facto que algumas das musicas mais engraçadas são as que celebram o lado alegre do dito sentimento... assim de repente lembro-me do Bohemian Like You, dos Dandy Warhols... porque foi essa música que o mp3 decidiu dar há bocadinho.

Há outras tantas assim.

Adiante, tens toda a razão. Só quando se perde algo é que se lhe dá o devido valor.

E realmente não vale a pena ficar a pensar no passado, a tentar arranjar soluções e respostas lógicas para algo que não se regra pela lógica.

Isto é particularmente grave quando se tenta compreender uma atitude de um homem. Gastar tanta energia mental, para algo tão básico... faz tanto sentido como usar um super-computador para calcular o troco do dinheiro no supermercado. Como usar um míssil termo-nuclear para matar uma mosca. Podia continuar a fazer comparações de exageros, mas isso às tantas tornar-se-ia monótono.

Portanto atira lá a toalha ao chão, que com tanto pensar, ela certamente deve estar transpirada e a precisar de uma lavagem. Cuidado para não misturar com roupa de cor.

E em relação às consequências de quem ninguém quer ouvir falar... eu vou seguir o exemplos evitar pensar em quais serão, até porque um homem tentar pensar sobre uma mulher, é a mesma coisa que uma tartaruga pensar em física quântica e termodinâmica. É a mesma coisa que usar uma escova de dentes para limpar o Cristo Rei. Podia continuar a fazer comparações de exageros, mas... às tantas tornar-se-ia monótono.

E não há nada pior do que a monotonia. Excepto algumas atitudes dos homens...

Vera disse...

Um excelente post e um excelente comentário... Acho que ficou tudo dito....

clint-o-duro disse...

Há já um tempo que ando aqui a pensar neste teu post...
E acho que tenho uma teoria diferente.
Houve um tipo que disse (e cito, desculpa a crueza da expressão...) "porque é que a puta da tristeza faz escrever tão bem?"

Não acho que seja a tristeza que nos faz ficar mais inspirados ou com mais energias ou com uma sensibilidade extra.

Acho que somos assim quando estamos apaixonados. Por alguém, por alguma coisa ou "só" pela vida em geral. Mas direccionamos essas energias noutras direcções.

Já imaginaste tudo o que se perderia? Imagina: ah, espera lá, vou só ali fazer uma música ou escrever um livro sobre o quanto isto é bom para mim, vamos passear ou jantar ou dançar (ou outras coisas quaisquer...) depois disso...

Acho que ninguém troca momentos e partilhas e beijos e toques e alegrias vividas por uma caneta.

Só quando a caneta é o único alvo à vista...